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12/08/10

Auf Wiedersehen

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Foste um pilar na minha vida, construíste uma amizade vincada e repleta de laços inesquecíveis. Mas por agora, digo-te adeus. Estou demasiado crescida para me aborrecer com precocidades de quem ainda não conhece a vida. Julgava-te mais adulta, mais minha amiga, no fundo julgava-te mais….minha; mas pelos vistos enganei-me redondamente. Tornaste-te num reflexo de quem mais repugnas e por isso causas-me asco.
Já não és recta nos teus juízos, e muito menos nas tuas vivências; não sei quem és, porque tu própria já não o sabes. Perdeste-te no meio da tenebrosa singeleza, e isso à primeira vista não teria qualquer problema; contudo, tornaste-te elementar por não seres diferente de ninguém, e isso já não te torna especial, já não te torna digna de mim.
Deixaste-te levar por futilidades e caís-te no caminho sem retorno; quanto a mim…estou demasiado cansada de correr sem alcançar nenhuma meta. Estou demasiado cansada de correr por quem não prospera. Deixaste de valer a pena quando te achaste grandiosa demais para lutar pelas grandes pequenas coisas da vida, e isso tornou-te banal.
Aqui levas a lição de vida de uma pessoa que apesar de ter a tua idade, já lutou bem mais batalhas que tu: luta com todos os membros do teu corpo, e quando tos arrancarem na disputa, usa a tua perspicácia e vence as tuas metas por ti própria. Não deixes que as metas marchem até ti, porque em nada te sentirás saciada, se mastigarem a comida por ti.
Nem tudo que é novo é melhor, pode ser bom, mas que isso não te sirva como uma garantia.
E por fim, digo-te que cada um vive com as escolhas que faz e com as consequências que elas trazem; e por muito exactas que agora as tuas opções te pareçam, um dia no futuro tudo te parecerá discrepante. Nesse dia hás-de me procurar e se eu ainda me lembrar de quem tu és, faláramos.

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