As pessoas podem iludir os que os rodeiam, podem convencer-se a elas próprias com ilusões, mas não há como iludir o coração que vive da verdade.
Quando as pessoas chegam a uma fase que se deleitam em vaidade e egocentrismo, esquecem-se que todos nós ganhamos rugas, que a beleza vai-se esfumando com o tempo, e que todos nós tropeçamos em pedras, mas é quando isso acontece que se encontra a verdadeira síntese da existência da vida.
É quando a nossa pela fica cravada de sulcos da vida, que precisamos do nosso amor, para mesmo assim, nos dizer todos os dias que somos tão atraentes como no primeiro vislumbre a seus olhos; é quando esbarramo-nos contra uma pedra, que precisamos de quem nos erga e oriente no caminho certo, e mais do que isso, é quando caímos que precisamos de alguém que nos apazigúe as feridas.
Sabes, se ele se perdeu num mar de ilusões e contos e ditos, deixa-o ir com a maré; um dia ele dará à costa. Mas nesse dia, ele não te terá, tu, o farol que o guiava por entre o nevoeiro cerrado, que o guiava pelas trevas da noite; nesse dia que ele der à costa, o Sol brilhará bem lá no alto, e mesmo assim ele não vai enxergar o caminho dele, e vai-se virar para a luz do farol, à espera que ela encandeie ainda mais aquele dia resplandecente de clarividência; mas, ao olhar para o farol, ele vai descobrir que ele de dia não alumia nunca.
Da mesma forma, que vai descobrir que quando se acorda para a realidade, e mesmo que ela deixe de ser uma noite tenebrosa e se metamorfoseia num dia resplandecente, não quer dizer que as coisas continuem todas nos mesmos sítios, nem que os faróis se acendam de dia.
6 comentários:
nem tenho palavras para descrever o que li agora! é tudo tão verdadeiro!
Não disse, nada mais que as verdades.
Mariquinhas <3
Obrigada, do fundo do coração !
Não sabes quanto é bom saber que há quem goste *
Gostei muito do texto :)
oh, obrigada mesmo *
Gostei ;) vou seguir ;)
Isso é uma grande verdade, infelizmente :s
Muito obrigado :)
Enviar um comentário